Espécie endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019), com ocorrência nos estados: ESPÍRITO SANTO, município Castelo (Kollmann 703), MINAS GERAIS, municípios Bocaina de Minas (Schumm 129), Camanducaia (Meireles 576), Delfim Moreira (Kuhlmann 2447), Itatiaia (Guedes, 2326), Passa Quatro (Meireles 2452); RIO DE JANEIRO, município Itatiaia (Souza 262); SÃO PAULO, município Campos do Jordão (Proença 499) e Socorro (Sartori s.n.). Segundo a especialista Carolyn Proença a especie ocorre normalmente acima de 1200 m (com pess. 2019)
Árvores 12 m de altura, endêmica do Brasil (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Ocorre nos domínios da Mata Atlântica, em Floresta Ombrófila, Floresta Estacional Semidecidual e em Afloramentos rochosos (Flora do Brasil 2020 em construção, 2019). Foi coletada nos estados do Espírito Santo, no município de Castelo; Minas Gerais, nos municípios de Bocaina de Minas, Camanducaia, Delfim Moreira, Itatiaia e Passa Quatro; Rio de Janeiro, no município Itatiaia; São Paulo, nos municípios Campos do Jordão e Socorro. Apresenta EOO=17536 km², AOO= 60 km² e está sujeita a 9 situações de ameaça. O desmatamento, a expansão urbana, aumento da frequência de incêndios e a pecuária (Simões e Lino, 2003; Oliveira-Filho et al., 2004; Pereira et al., 2006; Lapig, 2018; Fundação SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) são os principais responsáveis pelo declínio de EOO, AOO, qualidade do habitat e de subpopulações. A espécie foi considerada “Vulnerável” (VU) em avaliação de risco de extinção anterior, em nível nacional (MMA, 2014) e em nível regional pela Lista atualizada de espécies ameaçadas do estado de São Paulo (SMA-SP, 2016). A revisão de coleção e inclusão de novos registros alteraram os parâmetros de distribuição da espécie, reduzindo o valor do EOO e aumentando levemente o valor de AOO, porém não ultrapassando os limiares de risco da categoria VU. Portanto, a avaliação da espécie foi mantida como “Vulnerável” (VU), em razão de distribuição restrita associada a declínio contínuo, por causas não cessadas. Além disso, em vista da redução dos habitats de Mata Atlântica, suspeita-se de uma redução populacional maior que 30%, com base em declínio de EOO, AOO e qualidade de habitat nos últimos 45-90 anos (considerando o tempo de geração da espécie entre 15-30 anos) por causas passadas e não cessadas. O estado que concentra maior número de municípios com ocorrência da espécie (Minas Gerais), foi reportado entre os cinco estados que ainda não conseguiram sustentar o compromisso de desmatamento zero para o Bioma Mata Atlântica, apresentando taxas de desmatamento inaceitáveis, acima de 1000 ha no período de 2017-2018 (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019). A espécie ocorre em três Unidades de Conservação de proteção integral e não forma encontrados dados populacionais mais recentes. Portanto, são necessárias ações de pesquisa (atualização da informação sobre tamanho e tendências populacionais), monitoramento das populações encontradas mais recentemente e ações de conservação (programas de conservação ex situ).
A espécie foi avaliada pelo CNCFlora em 2013 (Martinelli e Moraes, 2013) e consta como "Vulnerável" (VU) na Portaria MMA 443/2014 (MMA, 2014), sendo então necessário que tenha seu estado de conservação reavaliado após 5 anos da última avaliação.
Ano da valiação | Categoria |
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2012 | VU |
Espécie descrita em Ciencia e Cultura 19(2): 334. 1967.
Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 7.1 Fire & fire suppression | past,present,future | regional | medium | |
As florestas estacionais semideciduais altomontanas em que a espécie ocorre, em Minas Gerais, vêm tendo sua área reduzida devido à ocorrência de queimadas (Oliveira-Filho et al., 2004). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat | past,present | regional | very high |
Grande parte das florestas do maciço do Itatiaia, onde a espécie ocorre, foi desmatada indiscriminadamente no século passado para atender à demanda por madeira do eixo Rio-São Paulo, principalmente da Companhia Siderúrgica Nacional (Pereira et al., 2006). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 2.3 Livestock farming & ranching | habitat | past,present,future | local | high |
O município de Castelo com 66406 ha tem 30,3% de seu território (20157 ha) transformados em pastagem. O município de Bocaina de Minas com 50379 ha tem 25% de seu território (12726 ha) convertidos em pastagem. O município de Delfin Moreira (MG) com 40847 ha tem 22% de seu território (9114 ha) convertidos em pastagem. O município de Passa Quatro (MG) com 27722 ha tem 47% de seu território (12941 ha) convertidos em pastagem (Lapig, 2018). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 1 Residential & commercial development | habitat | past,present,future | national | very high |
Vivem no entorno da Mata Atlântica aproximadamente 100 milhões de habitantes, os quais exercem enorme pressão sobre seus remanescentes, seja por seu espaço, seja pelos seus inúmeros recursos. Ainda que restem exíguos 7,3% de sua área original, apresenta uma das maiores biodiversidades do planeta. A ameaça de extinção de algumas espécies ocorre porque existe pressão do extrativismo predatório sobre determinadas espécies de valor econômico e também porque existe pressão sobre seus habitats, sejam, entre outros motivos, pela especulação imobiliária, seja pela centenária prática de transformar floresta em área agrícola (Simões e Lino, 2003). | |||||
Referências:
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Estresse | Ameaça | Declínio | Tempo | Incidência | Severidade |
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1.1 Ecosystem conversion | 5.3 Logging & wood harvesting | habitat,mature individuals | past,present,future | national | very high |
O Atlas da Mata Atlântica (SOS Mata Atlântica e INPE, 2019) indica que restam 16,2 milhões de hectares de florestas nativas mais preservadas acima de 3 hectares na Mata Atlântica, o equivalente a 12,4% da área original do bioma. O desmatamento da Mata Atlântica entre 2017 e 2018 caiu 9,3% em relação ao período anterior (2016-2017), que por sua vez já tinha sido o menor desmatamento registrado pela série histórica do Atlas da Mata Atlântica, iniciativa da Fundação SOS Mata Atlântica e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que monitora o bioma desde 1985. Além disso, foi verificado aumento do número de estados no nível do desmatamento zero, de 7 para 9, sendo que outros 3 estão bem próximos. Nos estados onde a espécie ocorre foram desmatados 19 ha no Espírito Santo, 3.379 ha em Minas Gerais, 18 ha no Rio de Janeiro e 96 ha em São Paulo. | |||||
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | on going |
A espécie foi registrada em: PARQUE ESTADUAL DE CAMPOS DO JORDÃO (PI), ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL SERRA DA MANTIQUEIRA (US), APA CAMPOS DO JORDÃO (US), PARQUE NACIONAL DO ITATIAIA (PI), ÁREA DE PROTEçãO AMBIENTAL ALTO TABOãO (US), PARQUE ESTADUAL DO FORNO GRANDE (PI). |
Ação | Situação |
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5.4.3 Sub-national level | on going |
Espécie avaliada como "Vulnerável" pela segunda revisão da lista oficial das espécies da flora ameaçadas de extinção no Estado de São Paulo (SMA-SP, 2016). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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on going | |
A espécie avaliada como "Vulnerável" está incluída no ANEXO I da Lista Nacional Oficial de Espécies da Flora Ameaçadas de Extinção (MMA, 2014). | |
Referências:
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Ação | Situação |
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1.1 Site/area protection | needed |
A espécie ocorre em um território que será contemplado por Plano de Ação Nacional (PAN) Territorial, no âmbito do projeto GEF pró-espécies: todos contra a extinção: Território Paraná - 33, Território Sacramento - 15 e Território 29 São João del Rei |
Uso | Proveniência | Recurso |
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17. Unknown | ||
Não existem dados sobre usos efetivos ou potenciais. |